Considerado uma das principais unidades hospitalares de referência da Bahia, o Hospital Geral Ernesto Simões Filho, localizado no Pau Miúdo, em Salvador, virou alvo de moeda de troca política. O clima entre os profissionais de carreira da unidade é de total desânimo e preocupação. Semana passada, o Governo do Estado trocou a diretoria-geral do hospital, para nomear um militante do grupo petista. Quem assumiu o comando da unidade foi Luiz Carlos Galvão, que seria um dos quadros mais antigos do Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo o próprio se intitula, é um dos fundadores do PT na Bahia.
Outra curiosidade é que o mesmo Luiz Carlos já havia ocupado o cargo de diretor do hospital, mas foi demitido em 2018, supostamente por incapacidade gerencial e falta de liderança entre a equipe. Com a proximidade das eleições, o PT mexeu os pauzinhos e reascendeu seu militante histórico para voltar a comandar a unidade e conseguir fazer os favores necessários que o período exige.
O Ernesto estava sob a gestão de uma profissional de carreira, que vinha agradando a equipe interna e realizando importantes intervenções na instituição, mas a decisão política prevaleceu. Agora, muitos funcionários de relevância técnica e profissional estão sendo demitidos do hospital. Entre os trabalhadores, a insatisfação é geral.
O Ernesto conta com 153 leitos distribuídos entre urgência, emergência, ortopedia, pediatria e UTI. O hospital atende as especialidades de clínicas médica, cirúrgica, ortopédica, cirurgia vascular e crânio-facial. Também conta com serviços de ultrassonografia, ecocardiograma e doppler. Realiza exames de alta complexidades e é considerado uma unidade de referência, sendo campo de residência para formação do ensino superior de medicina.