Aplicativo simula escravidão e ensina a açoitar e comercializar pessoas negras

24/05/2023 - 14:45
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Depois de uma reação nas redes sociais, o Google retirou de loja de download de aplicativos um jogo chamado “Simulador de Escravidão”, em que o usuário simula ser um proprietário de escravos para “extrair lucros e evitar rebeliões e fugas”.

O “jogo” também consiste em comprar, vender, açoitar pessoas negras escravizadas. O produto on line em questão, desenvolvido pela empresa “Magnus Games”, exibe a imagem de homens negros trabalhando ao redor de um senhor branco em sua imagem de divulgação.

Os produtores afirmam que o aplicativo foi criado para “fins de entretenimento” e que “condenam a escravidão no mundo real”. No entanto, a descrição do jogo sugere que o usuário será capaz de “gerenciar seus escravos, mudar suas condições de vida e treiná-los”, além de “proteger seus escravos para evitar que escapem e se levantem” e “fazer negócios, atribuir escravos a diferentes empresas para trabalhar e gerar renda”, entre outros elementos.

É possível notar que nos comentários, que deram uma média de nota 4,0 de 5,0 para o aplicativo, alguns usuários deixaram mensagens de ódio e satisfação com o teor do jogo.

Por exemplo, o usuário Mateus Schizophrenic escreveu: “Ótimo jogo para passar o tempo. Mas acho que faltava mais opções de tortura. Poderiam estalar a opção de açoitar o escravo também. Mas fora isso, o jogo é perfeito!”, e ainda deu nota máxima.

Já a usuária Asriel comemorou: “Muito bom esse jogo, tudo o que eu tenho vontade de fazer na vida real”.

Vale destacar que todos os comentários foram feitos através de perfis com nomes e imagens falsas. Nenhum usuário que fez apologia ao racismo expôs sua identidade real.

A UNEGRO, entidade do movimento social que combate o racismo no Brasil, anunciou que entrou com representação no Ministério Público por crime de racismo.

Reação nas redes- Nas redes sociais, a reação foi imediata e internautas cobram uma ação contra a naturalização do racismo presente em plataformas.

“Precisamos urgente acabar com essa ‘normalização’ do racismo”, destacou uma internauta.

Blog do Gusmão Neto

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