Por Gusmão Neto
O Brasil continua a insistir no atraso, no obscurantismo e no preconceito carregado que castiga milhares de famílias e impede o crescimento econômico. No ano passado, o país teve 672 mil pessoas que precisaram comprar cannabis para fins medicinais, o que representa um aumento de 56% em relação a 2023. Em 2024 o setor de maconha medicinal movimentou R$ 852 milhões. Isso, só com a compra de produtos importados. Agora imagine se houve produção dos medicamentos aqui no Brasil?
Com um potencial agrícola gigantesco e muita tecnologia disponível, poderia estar gerando emprego, renda, movimentando uma economia enorme e o mais importante: facilitando a vida de muitas famílias que precisam adquirir o óleo de cannabis a um preço absurdo de empresas estrangeiras.
Atualmente, 46,5% dos pacientes brasileiros importam seus remédios, 31,6% compram nas farmácias e 21,9% os acessam via associações. Mas em todos os casos são de empresas de fora do Brasil.
O cenário escancara que já passou da hora dos legisladores brasileiros inverterem essa equação e não apenas implantem leis que autorizem a produção para o cultivo de cannabis, mas também criem incentivo para o plantio urgentemente. Estamos perdendo dinheiro e matando milhares de pacientes que não conseguem acessar o medicamente.