Tireoide: saiba como identificar alterações no funcionamento da glândula

24/05/2025 - 10:04
Compartilhar no telegram
Compartilhar no email
Compartilhar no twitter
Compartilhar no facebook
Compartilhar no whatsapp

Os hormônios produzidos pela tireoide, pequena glândula localizada no pescoço, influenciam diretamente no metabolismo, saúde cardiovascular, cognição e bem-estar emocional. Apesar disso, cerca de 5 a 10% da população mundial – principalmente mulheres acima de 40 anos, público que apresenta cinco a oito vezes mais chances de desenvolver condições na região – não sabe que é afetada por algum tipo de doença tireoidiana, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Existem várias enfermidades associadas, porém as mais comuns são o hipertireoidismo e o hipotireoidismo. Silvia Angeleri (CRM-BA 16055 / RQE-BA 5737), endocrinologista e metabologista explica que o primeiro caso ocorre quando a glândula produz hormônio em excesso. Sua principal causa é a chamada Doença de Graves, caracterizada pela produção de anticorpos que atacam os receptores de TSH (hormônio estimulante da tireoide), levando ao aumento dos níveis de T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).

No segundo, por outro lado, acontece o inverso: “a tireoide funciona mais lentamente, fazendo com que a pessoa tenha sonolência, cansaço, fadiga, unhas quebradiças, pele seca, constipação intestinal, raciocínio lento e memória de fixação prejudicada. O hipotireoidismo geralmente é provocado pela Tireoidite de Hashimoto, outro quadro autoimune”, afirma.

A especialista ainda ressalta mais duas doenças atreladas, os nódulos tireoideanos benignos e o câncer de tireoide. “Quando há nódulos na tireoide pode haver ou não bócio (aumento da glândula)”, diz a médica.

Cuidados rotineiros

Disfunções na tireoide podem atingir pessoas de qualquer idade. No entanto, de acordo com a endocrinologista, não há formas de prevenção contra as patologias relacionadas. Por isso, além do acompanhamento médico regular, é necessário manter certos cuidados na alimentação, controlar o estresse e ficar atento aos medicamentos capazes de interferir na absorção ou metabolismo dos hormônios tireoidianos.

“Em termos de nutrição, as substâncias mais importantes para o funcionamento adequado são o iodo e o selênio. Contudo, o recomendado é adotar uma dieta equilibrada, com moderação no consumo de sal iodado. Castanhas, leguminosas, carnes e peixes, a exemplo de atum e salmão, são fontes de selênio”, destaca. Lembrando que esses nutrientes devem ser consumidos em quantidades ideais, tanto o excesso quanto a carência deles pode acarretar prejuízos à saúde.

Como a glândula é crucial para diversas funções do organismo, também deve-se fazer exames de rotina. Silvia Angeleri pontua que o monitoramento começa por testes clínicos e laboratoriais, o que inclui dosagens dos hormônios TSH, T4 livre e dos anticorpos contra a tireoide. “O médico ainda pode solicitar a realização de ultrassonografia, se houver suspeita de nódulos”, completa.

Meios de tratamento

De modo geral, os tratamentos envolvem medicamentos que contêm ou reduzem a quantidade de hormônios produzidos. A depender do diagnóstico, segundo a especialista, ainda há as possibilidades de terapia complementar com iodo radioativo, remoção cirúrgica da tireoide e, em casos de nódulos benignos grandes, procedimentos minimamente invasivos como a alcoolização e a ablação por radiofrequência.

“Os nódulos tireoideanos são classificados de acordo com características à ultrassonografia em nódulos de menor ou maior risco de malignidade. A partir dessa classificação, decidimos quais nódulos devem ser submetidos à PAAF (punção aspirativa por agulha fina). A decisão por cirurgia vai depender do resultado da citologia do material puncionado. O endocrinologista e o cirurgião de cabeça e pescoço irão avaliar a melhor opção de cirurgia – lobectomia ou tireoidectomia total – e decidir em conjunto com o paciente.

Outra indicação para cirurgia são os casos de bócio com compressão das estruturas adjacentes, tais como traqueia e esôfago e os bócios “mergulhantes”, em que uma parte da tireoide adentra o mediastino”, conclui Silvia Angeleri.

Blog do Gusmão Neto

Última do Blog
Brasil do atraso: mercado da cannabis está em alta e poderia estar gerando riqueza

Artigos

Dia da Advocacia: Celebrando a Justiça e o Compromisso com a Sociedade
Entrevistas
Por Luís Antônio de Lima Andrade
Sua saúde e bem-estar estão diretamente ligados à sua tireoide

Mais em