A Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realizou no último fim de semana (11 e 12) mais uma ação da campanha Outubro Verde, voltada à conscientização e prevenção da sífilis e da sífilis congênita. A mobilização aconteceu na Base Avançada da Guarda Municipal, na Avenida Oceânica, próximo ao Farol da Barra, e ofereceu testes rápidos gratuitos para sífilis e HIV à população, além da distribuição de insumos de prevenção.
Durante o sábado (11), foram registrados 119 atendimentos e 238 testes realizados, resultando em sete diagnósticos positivos para sífilis e dois para HIV. No domingo (12), a procura aumentou: 149 pessoas foram atendidas, com 298 testes realizados, dos quais 19 apresentaram resultado positivo para sífilis e quatro para HIV.
Ao todo, foram identificados 26 casos positivos para sífilis e 6 para HIV em apenas dois dias, o que representa aproximadamente 9,7% de positividade para sífilis entre os testados. Os dados reforçam a necessidade urgente de manter a vigilância e as ações contínuas de prevenção e diagnóstico precoce das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) na capital.
A sífilis é uma infecção bacteriana curável, mas que pode causar graves complicações quando não tratada, incluindo danos ao coração, cérebro e sistema nervoso. Quando transmitida da mãe para o bebê durante a gestação (sífilis congênita), pode provocar malformações, aborto espontâneo ou morte fetal, tornando o diagnóstico precoce fundamental para interromper a cadeia de transmissão.
Além da testagem, a ação também distribuiu 2.880 unidades de preservativo externo comum, 4.608 unidades de preservativo sensi, 2.880 preservativos texturizados, 600 duchas higiênicas e 4 mil unidades de gel lubrificante, ampliando o acesso da população aos métodos de proteção e reforçando o incentivo à prática de sexo seguro. As iniciativas fortalecem a rede municipal de prevenção e o enfrentamento das ISTs, sobretudo entre os grupos mais expostos.
“O Outubro Verde é uma oportunidade de ampliar a informação e o acesso à testagem. Quando a população entende que sífilis e HIV têm tratamento e que o diagnóstico precoce salva vidas, rompemos barreiras de medo e preconceito. A prevenção é o caminho para uma cidade mais saudável e consciente”, destacou Darlene Souza, coordenadora do Grupo de Trabalho de Sífilis da SMS.
