Pelourinho em festa! Terça da Benção retorna com shows, samba de roda e emoção

07/10/2025 - 10:06
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O coração do Centro Histórico vai voltar a bater mais forte! No dia 7 de outubro, o Pelourinho se enche de fé, música e alegria com a volta triunfal da Terça da Bênção, recriada pelo eterno guardião do Pelô, Clarindo Silva. E o retorno não poderia ser mais simbólico: no Palco Riachão, da Cantina da Lua, às 20h, o público vai viver um reencontro com a história ao som contagiante da Viola de Doze, em um show que promete reavivar a energia que transformou o Pelô no coração cultural da Bahia. Os ingressos custam R$ 20,00 e podem ser adquiridos pelo whatsapp 71 98868-9988 ou na portaria da Cantina da Lua.

Mas a festa começa bem antes! Desde o fim da tarde, o Pelourinho inteiro vai respirar celebração. No Casarão 17, a Varanda Sunset abre a partir das 16h30 com o show animado de Maurício Ferraz. Logo depois, o Restaurante O Pai O esquenta o Terreiro de Jesus com samba de roda às 18h, preparando o clima para uma noite histórica.

E não para por aí: o Negro´s Bar promove show de reggae na Rua Gregório de Mattos, a partir das 19j, e o Palco do Cruzeiro também será tomado por boa música e sabores baianos, com o show, partir das 18h30, de Nina Sol, que comanda o palco com um repertório vibrante de pop, axé e MPB, e o grupo Swing do Pelô assume o intervalo das 19h40 às 20h, garantindo que ninguém fique parado, numa promoção dos restaurantes Cuco Bistrô, Boteco do Pelourinho e Odoyá . Bares, lojas e restaurantes do entorno também estarão abertos — é o Pelô em festa, como nos velhos tempos!

Um milagre cultural que renasce

Em 1983, quando o Centro Histórico enfrentava o abandono, Clarindo Silva ousou criar a Festa da Bênção inspirada no ritual religioso da Igreja de São Francisco. O que começou com cem pessoas virou um fenômeno cultural que mudou o destino do Pelourinho: trouxe de volta a vida, os tambores, o samba, os artistas e o orgulho de ser baiano. De lá para cá, nomes como Olodum, Gerônimo, Filhos de Gandhy, Nelson Rufino e Zezé Motta transformaram a Terça da Bênção em símbolo da resistência e da alegria do povo.

Agora, 42 anos depois, Clarindo volta a chamar o povo: “O Pelourinho não pode viver só de Carnaval, Natal e São João. Precisamos devolver o hábito das pessoas frequentarem este lugar que é a alma de Salvador”, diz emocionado.

Viola de Doze, o som que abençoa o retorno

Com sua mistura irresistível de samba de roda e viola de 12 cordas, o grupo Viola de Doze será o fio condutor desse reencontro entre passado e futuro. “Preservar é perpetuar”, afirma Helon Neves, líder da banda. “É uma honra estar nesse retorno, levando o nosso samba de raiz e compartilhando o carisma e a alegria com todos que amam o Pelô.”

Menininho, também da banda, completa com emoção: “É voltar com chave de ouro, num lugar maravilhoso, com energia maravilhosa. Vida longa à Cantina da Lua, à Terça da Bênção e ao samba da Bahia!”

Com sucessos como Mulequeira, Tô Contente e Xula Verdadeira, a Viola de Doze vai transformar a noite em um grande canto de resistência, memória e pertencimento.

O chamado do Pelô

Mais do que uma festa, a Terça da Bênção é um ato de fé e resistência cultural. Quando as cordas da viola se encontrarem com os tambores do Pelourinho, o que se verá será o renascimento de um símbolo — uma celebração da cidade, do povo e da história que faz da Bahia um lugar único no mundo.

Clarindo Silva resume com a sabedoria de quem viu o impossível acontecer:
“Essa bênção começou na frente da Cantina da Lua e depois ganhou o mundo. Agora é hora de trazê-la de volta para onde tudo começou.”

Blog do Gusmão Neto

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